quinta-feira, 25 de junho de 2009

CORRUPÇÃO:o câncer da democracia

Os ânimos ainda estão alterados, a respiração ofegante e o descontentamento aparente: mais uma eleição se passou, para o bem ou para o mal. É tão difícil sair inteiro de um processo eleitoral sem se sujar moralmente. É tão difícil votar consciente em meio aos candidatos que nos foram apresentados. É tão difícil não se irritar com os resultados “democraticamente” conquistados. Mas todo este momento é uma ilusão, inclusive o nosso próprio descontentamento. O horário eleitoral foi uma farsa do início ao fim. Os candidatos não apresentaram propostas, pois descobriram uma fórmula: falar o que eleitores querem ouvir é mais “lucrativo” do que falar o que efetivamente será feito. E assim, aos sem trabalho falou-se em empregos. Aos sem saúde falou-se em hospitais. Aos sem escolas falou-se em educação. E por aí vai com a creche, estradas, moradia, segurança, comida, leite, dentaduras etc. Apelar ao psicológico dos carentes é mais seguro do que prometer futuro. Futuro é muito longe, não se pega e se come, não se vê e não se comprova. O candidato tem que ser muito corajoso – e não ter amor pela candidatura – para prometer futuro ao seu eleitor. O dia da eleição, propriamente dito, foi apenas um teatro de nós brasileiros interpretando O Cidadão. Na frente dos locais de votação: “bocas de urna”, “propinas” e “fiscalizações”. Você não poderia publicamente se manifestar no intuito de convencer os outros, mas tudo acontecia silenciosamente e de modo sincronizado independente da sua vontade. Os panfletos sendo entregues, o dinheiro circulando, os fiscais fingindo não ver, os policiais abafando apenas os casos “isolados”. O resultado da eleição nem merece um parágrafo. Foi óbvio e racionalmente previsto. Aquilo que na grande mídia saiu como “zebra”, na grande lógica dos políticos se explica como “uma mão lava a outra”. Mas o que mais me causa estranheza não são os políticos corruptos, mas sim os brasileiros que se dizem honestos. Parecem esquecer um dos maiores princípios da DEMOCRACIA: o governador representa o eleitor, e não o contrário. O político sai do povo, é do povo, e não um deus/diabo que com ele convive. O ser corrupto que lá está, aqui estava e daqui saiu. A corrupção não está lá e sim aqui. Prova disso é que quando perguntamos a alguém se gostaria de ser político, sua primeira resposta é “sim, para ganhar bem”, ou, até mesmo, “para roubar”. Assim, somos coniventes com toda esta corrupção, pois lá no fundo algo diz: deveríamos ser nós, também quero, um dia chego lá. Como mérito, os salários altos dos políticos se tornam alvos de cobiça e inveja do brasileiro. E ele se torna aquele que poderia ser eu, mas que por algum motivo não é. Por isso, não o culpo pelo sucesso ilícito e o deixo fazer o que quer e no máximo socialmente, “da boca pra fora”, condeno-o apenas para não ficar chato. Ainda digo mais. Prova de que compartilhamos a sujeira dos políticos são as nossas costumeiras ações que buscam apenas o individualismo, a vantagem e a posição de destaque custe o que custar. Quando achamos dinheiro dizemos “achado não é roubado”. Quando incomodamos os outros dizemos “os incomodados que se retirem”. E quando sabemos que estamos errados dizemos “política não se discute”. Ficamos felizes com promoções desmerecidas, filas encurtadas e derrotas do time adversário. Em casa, em favor próprio, não condenamos o “jeitinho brasileiro”, mas o fazemos quando o outro é o beneficiado. Deste modo, podemos afirmar que o brasileiro aceita diariamente a corrupção quando ele é favorecido. Se somos capazes de diariamente legislar em favor próprio, pouco se importando com os outros, com os carentes, com os necessitados, com as ONGs, com o planeta etc – se esta é a nossa sociedade – como podemos acreditar que o político será diferente? Pensará diferente? Agirá diferente? A menos que nossos políticos venham de outros planetas. Enquanto vierem de nossa sociedade corrompida, apenas podemos esperar que representem bem esta cultura individualista do Brasil Moderno. Devemos olhar para nós mesmos e reconhecer esta verdade. Somente com esta consciência, optando por uma outra vida sem vantagens e individualismos, é que podemos de fato exigir algo de alguém. Caso contrário, a corrupção continuará a seguir sua histórica trajetória: de nossas casas ao Senado e à Brasília.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

MUDANÇAS CLIMÁTICAS:Uma verdade incoveniente

A ocorrência de fenômenos naturais extremos vem nos dando sinais de que algo
incomum está acontecendo na natureza. Estamos vivenciando uma época de intensas ondas de
calor em todo o mundo, de tempestades, secas e furacões cada vez mais severos, assim como
o aumento de epidemias e a extinção de inúmeras espécies. Esses fenômenos têm sido
apontados como conseqüência da mudança do clima na terra.
No filme “Uma Verdade Inconveniente: o que devemos fazer (e saber) sobre o
aquecimento global” dirigido por Davis Guggenheim e apresentado pelo ambientalista e exvice-
presidente dos Estados Unidos Al Gore, o aquecimento global e suas conseqüências são
retratados de forma realista. De caráter informativo e ao mesmo tempo impactante, o filme é
exibido em forma de um documentário, elaborado a partir das palestras proferidas por Al
Gore o redor do mundo.
Lançando mão de uma eloqüente retórica e de excelentes recursos audiovisuais que
exibem dados científicos e imagens de fenômenos naturais recentes, Al Gore argumenta de
forma convincente que a temperatura da terra está aumentando e que a principal causa desse
aquecimento são as ações do homem. A veracidade com que o tema é tratado é capaz de
remover qualquer dúvida de que as atividades humanas exercem influências na mudança do
clima. Além de nos deixar alarmados com os conseqüentes desastres ambientais a que
estamos sujeitos, ou melhor, que já estamos vivenciando.
O aquecimento global é causado pela intensificação do efeito estufa que, por sua vez, é
conseqüência do excesso da concentração de determinados gases na atmosfera, os chamados
gases de efeito estufa, dentre eles o dióxido de carbono, o metano e o óxido nitroso. A
principal fonte desses gases tem sido atribuída particularmente à queima de combustíveis
fósseis e ao desmatamento.

ONU:aquecimento global ameaça segurança internacional

NOVA YORK, EUA (AFP) — A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou nesta quarta-feira, por consenso, uma resolução que admite, pela primeira vez, que o aquecimento global pode ter implicações na segurança internacional.
O texto, apoiado por 63 Estados, pede aos órgãos competentes da ONU que intensifiquem seus esforços consagrados ao estudo e tratamento do problema da mudança climática, "fundamentalmente suas repercussões sobre a segurança".
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, foi encarregado de preparar um relatório detalhado, para a próxima sessão da Assembleia, em setembro, "sobre as eventuais repercussões da mudança climática na segurança", tendo em conta os pontos de vista dos Estados-membros e das organizações regionais e internacionais relevantes".
A resolução é resultado de uma campanha de um ano promovida por uma coalizão de pequenos Estados insulares em desenvolvimento, para chamar a atenção do mundo sobre as graves ameaças das mudanças climáticas.
"O aquecimento ameaça nossa própria existência", declarou a embaixadora de Nauru, Marlene Moses, que preside a coalizão.
Estas pequenas ilhas são particularmente vulneráveis ao aumento do nível dos oceanos que, segundo especialistas, vai subir um metro ou mais até 2100.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

O NÚMERO DE SUICÍDIO É MAIOR DO QUE SE DIVULGA

Imprensa e suicídio, uma abordagem ética e técnica
Vanessa Canciam (*)
Há pouco mais de um ano, acontecimento ocorrido em Nova York, em plena Times Square, trouxe de volta a discussão ética sobre um polêmico tema presente no dia-a-dia da cobertura jornalística. Ele volta de tempos em tempos. E voltou semana passada no Brasil.
Em 22 de agosto de 2002, Allen Myerson, 47 anos, editor de economia do New York Times, jogou-se do 15º andar do prédio onde trabalhava por volta das 10h. Seu corpo foi resgatado poucos minutos depois no telhado do estacionamento do Times. A conclusão da polícia foi a de que realmente se tratava de suicídio.
No dia seguinte, os jornais americanos tinham abordagens distintas do fato, como é de se esperar de publicações com linhas editoriais diferentes. Muitos leitores e profissionais de imprensa consideraram, por exemplo, que a cobertura do Washington Post havia sido exagerada e sensacionalista, enquanto outros criticaram a postura extremamente reservada do New York Times. Iniciava-se então uma série de debates – nos EUA, em outros países, no Brasil – sobre a importância e a melhor de informar sobre atos suicidas.
Em grande parte das redações, é recomendado aos jornalistas que evitem ao máximo a divulgação de suicídios. A justificativa para esse procedimento se baseia na hipótese de que qualquer notícia sobre o assunto pode vir a ser o estopim de uma série de outros atos semelhantes. Entre as normas editoriais do grupo RBS (Rede Brasil Sul de Comunicações), por exemplo, consta o seguinte tópico: "As notícias sobre suicídios – a não ser em casos excepcionais – não devem ser divulgadas ou destacadas. (É fato comprovado que a divulgação de suicídios estimula a morte de suicidas potenciais)". O manual de Rádio e Televisão do Sistema Globo (principal grupo de mídia do Brasil) também faz referência ao tema: "Em princípio, não se deve divulgar casos ou tentativas de suicídio. Qualquer possibilidade de exceção deve ser cuidadosamente avaliada pela direção de jornalismo da emissora".
Fator humano
A primeira crítica que pode ser feita a essa prática é que não é fato comprovado nem existe consenso entre profissionais de saúde quanto à influência da mídia no estímulo ao suicídio. O psiquiatra Jacob Seldin, ouvido pela jornalista Miriam Abreu para o sítio brasileiro Comunique-se, por exemplo, não acredita na afirmação. "Desde que seja feita de forma ética não vejo problema." Miriam ouviu também o coordenador da área de Psiquiatria do Hospital de Clínicas da Unicamp, Wolgran Alves Vilela. "Acho que histórias que envolvem suicídio devem ser divulgadas sim, desde que não explorem o caso", diz ele. Vilela duvida também de que a divulgação provoque"efeito dominó". "A divulgação tem mais valor positivo do que negativo, já que aguça o interesse de estudiosos e autoridades, que tentam prevenir mais casos de suicídio", diz o psiquiatra.
Psiquiatras e sociólogos norte-americanos, em entrevista ao jornalista Mark Miller, manifestaram opinião diferente. Madelyn Gould, da Universidade de Colúmbia, por exemplo, acredita que qualquer detalhe de um suicídio publicado na imprensa pode provocar outro suicídio. Seguindo essa linha de pensamento, David Philips, sociólogo da Universidade da Califórnia, apresenta dados de pesquisa segundo a qual há um aumento de 2% em casos de suicídio quando uma história semelhante aparece na imprensa.
O psiquiatra, professor e autor dos livros Do suicídio e O que é suicídio, Roosevelt Cassorla, acredita que a influência da mídia pode existir em alguns casos, como acontece com a divulgação de mortes de pessoas famosas. "No caso de pessoas pouco conhecidas a influência é menor, mas há uma tendência mundial a não noticiar esses casos nos jornais, também por respeito à pessoa suicida e a sua família", diz Cassorla. O psiquiatra aponta também que uma notícia pode influenciar apenas pessoas com alguma predisposição ou algum grau de perturbação mental ou emocional.
Não há consenso sobre o assunto. E, ainda que tal consenso existisse, não seria correto utilizá-lo como único parâmetro para guiar a cobertura da imprensa.
Eugênio Bucci, no livro Sobre ética e imprensa, faz uma série de críticas a esse procedimento estritamente teleológico e utilitarista. Estará agindo eticamente um jornalista que deixa de publicar uma informação por considerar que ela provocará conseqüências negativas? Segundo Bucci, "jornalistas não são profetas para prever com eficácia as conseqüências de uma divulgação". E ainda: "O jornalista não age para obter resultados que não sejam o de bem informar o público; ele não tem autorização ética para perseguir outros fins que não esse".
Partindo da premissa de que o jornalista não age para obter resultados que não sejam o de bem informar o público, uma pergunta fica evidente: suicídios preenchem os critérios de noticiabilidade que definem qual informação se caracteriza como uma notícia? Por interesse jornalístico, entende-se que a conjugação de um ou mais elementos como ineditismo, atualidade, universalidade, proximidade, utilidade, intensidade, difusão, interesse público e fator humano.
Divulgação franca
Um suicídio coletivo de radicais religiosos, por exemplo, seria uma notícia, já que preenche alguns dos critérios citados acima. Na mesma situação estão os suicídios cometidos por pessoas conhecidas do público, como políticos, atores, músicos. Como ocultar a causa mortis do ex-presidente Getúlio Vargas, ou do roqueiro Kurt Cobain? E como tratar suicídios de pessoas desconhecidas? Seria correto não divulgar um suicídio ocorrido num local público, como o de Allen Myerson?
À primeira vista, o ato do suicídio parece interessar apenas a quem o pratica e a seus parentes, não havendo motivo que justifique a divulgação – pode parecer invasão de privacidade, apenas com o objetivo de promover espetáculo sensacionalista que dê conta da curiosidade perversa do público. Entretanto, até que ponto o suicídio de qualquer pessoa deve ser entendido como algo estritamente pessoal que não seria de interesse das outras pessoas de uma sociedade?
Várias perspectivas que enfocam o assunto consideram o suicídio como um fenômeno social, e não individual, o que justificaria sua divulgação. Kalina e Kovadloff, no livro As cerimônias da destruição, afirmam que "a psiquiatria até o momento encarou o suicídio como um fenômeno individual. Entretanto, as intensas pressões que as condutas coletivas ou os fatos sociais exercem sobre nossa vida privada e profissional permitem demonstrar, sem esforço, a insuficiência teórica de vê-lo como uma patologia exclusivamente individual".
Cleto Brasileiro Pontes, no livro Suicídio em Fortaleza, também vê o suicídio como um ato de interesse público: "O ato de se matar não deve ser visto como algo isolado e tampouco como uma patologia psíquica simplesmente, onde o ato se acaba na individualidade do suicida. Acreditamos, pois, que através dele é permitido compreender o grau de satisfação em que vivem os integrantes de uma comunidade. De uma forma mais precisa, poderíamos dizer que este ato serve de parâmetro para determinar a saúde mental de uma população".
Kalina e Kovadloff apontam também que o suicídio deve deixar de ser um tema tabu para que possa ser tratado como um problema de saúde social. "Se é certo que na atualidade a patologia suicida é uma patologia social, então a terapêutica não pode ser senão comunitária. Sua prática ultrapassará o campo do consultório individual para impor como necessários o contato do médico com a família do paciente, as autoridades políticas, educacionais e, de modo geral, com todas as áreas responsáveis e representativas da vida institucional de uma nação. Com sua morte, o suicida não nos diz somente que já não se suportava mais. Também fala de nós. Demonstra por um lado que não podia continuar nos tolerando".
O suicídio, assim como outras manifestações sociais – a loucura, os assassinatos, crimes hediondos – questionam diretamente a própria estrutura social. Sendo assim, é possível afirmar que se trata de um assunto de interesse público na medida em que reflete uma situação social que não deve ficar sob sombras. Na opinião de Cassorla, por exemplo, o ideal nesses casos é acrescentar à notícia uma chamada para a necessidade de procura de alguma ajuda por parte dos eventuais leitores – ou diretamente ou em declaração de algum especialista. Talvez essa seja uma das saídas para se fazer, com responsabilidade, uma divulgação franca e aberta sobre assuntos delicados. Isso porque a história já tem dado provas de que a desinformação só contribui para a criação de mitos que nada tem a ver com a realidade.

SEM SABER

Sem saber, pedi tanto a Deus para perceber as coisas, pra perceber apenas não, principalmente para entender.Pois bem o tempo foi passando, passando e eis que hoje eu entendo algumas coisas, mas não estou tão feliz quanto eu pensava ficar,diria até que pelo contrário, tirando a vaidade, saber das coisas é um risco,causa uma profunda angústia, você tem mais responsabilidade com você e com os outros, na maioria das vezes não é surpreendido,também não é entendido, fica crítico,vira profeta, enfim um chato. De modos que, se eu pudesse voltar atrás e com isso eu não estivesse ofendendo ninguém, muito menos a Deus, eu queria ser, sem saber.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

DEUS NOS ACUDA

Até quando, ficaremos nos enganando a respeito dos efeitos do aquecimento global?A queda deste avião da air france, com 228 pessoas a bordo, talvez seja um alerta de que a estrutura atual dos avião está ultrapassada para a intensidade dos novos fenômenos decorrentes do aquecimento global .Entendo que as autoridades políticas não podem realmente nos dizer com que velocidade o clima está mudando e quais serão a curto prazo as consequências pra todos nós .A quantidade de nomes que os meteorologistas têm usado para nos explicar novos de fenômenos é simplesmete assustadora. Não sei vocês, mas eu já estou començando ficar com medo. Peço por favor que se alguém possui alguma informação que me tire deste estado de pessimismo com relação ao nosso futuro que escreva neste blog, pois aliviará pelo pelo menos essa pobre alma.