terça-feira, 15 de dezembro de 2009

MENTIRAS DO CLIMA

A impressão que temos ao ouvir as notícias sobre o clima é que o mundo vai acabar e não vai demorar muito.Descobri recentemente que é tudo mentira , que não passa de uma questão de grana e poder. Como sempre os países do G7 querem impedir o crescimento dos emergentes e para isso não medem esfoços ,manipulam informações , aproveitam fenômenos naturais para forçar a opinião pública internacional a freiar o crescimento da China, índia , Brasil entre outros. Mas mentira tem pernas curtas como dizia minha avó , e um grupo de cientistas renomados está prestes a divulgar trabalhos científicos mostrando que o aquecimento global é uma farsa e que ao invés da terra está esquentando ela está esfriando. O oceano pacífico, que cobre 35% do território global, e é responsável por regular o clima em nosso planeta está na realidade esfriando e nós estamos na realidade entrando em uma nova era glacial. É necessário que nós nos mobilizemos procurando mais informação e divulgando esta grande farsa. Nosso planeta já tem problemas demais não precisamos que inventem mais.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

CORRUPÇÃO

F_R_ф_N_T
"Que Deus lhe dê em dobro tudo que aos outros desejares" "Quem trama desventuras para outros estende armadilhas para si". Esopo (Séc. VII a VI a.c.)


Sexta-feira, Agosto 07, 2009

JOSÉ SERRA TAMBÉM DEVERÁ SER DENUNCIADO ATÉ O FIM DO ANO
O governador de São Paulo José Serra, no máximo, até o fim de 2009 deverá ser objeto de uma denúncia já em fase final, a exemplo da representação que envolve a governadora tucana Yeda Crusis será protocolado um pedido de afastamento imediato do cargo de Governador do Estado, bloqueio de bens, assim como, pedidos de prisões, recolhimento de passaportes e proibições de deixar o país. A soma dos contratos firmados entre a ALSTOM e estatais paulistas durante os governos tucanos de Mário Covas, Geraldo Alckmin e agora José Serra em valores atualizados, já chegaria a R$ 1,378 bilhão. A multinacional franco-suíça sob investigação também nos dois países onde tem origem é acusada de pagar nos últimos 14 anos mais de R$ 13 milhões em suborno a políticos do PSDB e a autoridades do governo tucano de São Paulo em troca da obtenção desses contratos com as estatais paulistas.EMPRESÁRIO CONFESSA LIGAÇÃOO empresário preso pela Polícia Federal Luiz Geraldo Tourinho Costa testemunhou que usou uma conta de empresa sua no Uruguai para a Alstom pagar propinas à políticos por negócios feitos com a Petrobrás, durante último ano do governo FHC, em 2002, fato que envolveria também um ex-presidente. A Petrobrás teve 2 presidentes em 2002 sob comando tucano de FHC: Philippe Reichstul e Francisco Gros. Subornos de US$ 550 mil e US$ 220 mil (dólares) eram remetidos da Alstom na Suíça para a empresa off-shore de Tourinho Costa. O empresário recebia 5% de comissão, e repassava 95% para abastecer as malas de dinheiro de políticos demo-tucanos.O caso é investigado na Suíça, na França e no Brasil. As autoridades brasileiras já estariam bastante adiantadas e já estariam de posse da documentação da Alstom em poder do Ministério Público da Suíça que provam que pelo menos parte da propina atribuída à empresa chegou a políticos tucanos de São Paulo por meio de dois doleiros. CONSELHEIRO TUCANO DO TCE PAULISTA ESTARIA ENVOLVIDOAlgumas provas apontam a existência de uma conta que pertenceria ao conselheiro do TCE Robson Marinho em suposta ligação com o esquema de propinas da Alstom que ocorreu no período em que ele deixou o cargo de secretário da Casa Civil do governador Mário Covas (morto em 2001) e assumiu o posto de conselheiro do TCE. Pesssoa ligadas aos tucanos em 1994, ele foi coordenador da campanha que elegeu Covas governador. Vários contratos suspeitos têm relação com o Metrô de São Paulo e vêm se perpetuando nos sucessivos governos do PSDB, que controlam a máquina estadual há 13 anos. Um ex-diretor da empresa, José Sidnei Colombo Martini, assumiu em 1999 a presidência da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP), então controlada pelo governo estadual. Desde então, a CTEEP celebrou 47 contratos com a Alstom, no valor de pelo menos R$ 333 milhões.As investigações já teriam provado a ligação direta dos tucanos com os envolvidos nas propinas da Alstom e estariam bastante adiantadas em vista do oferecimento da delação premiada, alguns seriam operadores, outros beneficiários e outros intermediavam a entrega do dinheiro superfatrurado dos cofres públicos no esquema. O jornal "Wall Street Journal" publicou matéria relatando que a multinacional estava sendo investigada por autoridades francesas e suíças sobre o pagamento de propinas de milhões de dólares para ganhar contratos na Ásia e na América Latina.ALSTOM CONTINUA ATUANDO EM SÃO PAULOE mesmo sob suspeita de prática de propina a fornecedora de equipamentos para o setor de energia e transporte Alstom, anunciou fechamento de novos contratos com o governo estadual paulista de José Serra PSDB, para modernizar o sistema das linhas 1, 2 e 3 do metrô paulista no valor de mais R$ 712 milhões. David Zylbersztajn, secretário de Energia do Estado e presidente do conselho de administração da Eletropaulo durante o período em que foram negociados contratos com a Alstom seria também um dos denunciados.Há suspeita também de suborno no setor elétrico, pois o ex-diretor da Alstom Sidnei Colombo Martini antes do leilão de privatização da CTEEP, teria se reunido na Colômbia com dirigentes da Interconexión Eléctrica. Cinco meses depois, os colombianos arremataram a estatal por R$ 1,193 bilhão.Pesariam acusações de enriquecimento ilícito, dano ao erário e infração de princípios administrativos, peculato, corrupção ativa, falsidade ideológica, locupletamento em dispensa de licitação e formação de quadrilha serão quase que certas. Quatro transferências foram parar na conta da "offshore" MCA Uruguay Ltd., nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal localizado no Caribe. Segundo investigadores a MCA seria controlada pelo brasileiro Romeu Pinto Jr.Os valores transferidos sob ordens da Alstom são os seguintes: US$ 207.659,57 (outubro de 1998), US$ 298.856,45 (dezembro de 1998), US$ 245 mil (dezembro de 2001) e US$ 255 mil (fevereiro de 2002). O valor total (US$ 1.006.516) equivale a R$ 1,8 milhão, quando se corrige os valores pelas datas da transferência.Uma ação de improbidade administrativa prevê as seguintes sanções: perda dos bens adquiridos ilicitamente, ressarcimento do prejuízo aos cofres públicos, perda do cargo ou função pública, suspensão dos direitos políticos por um período de 8 a 10 anos, pagamento de multa civil e proibição de contratação com o setor público.

texto retirado do blog :soldadonofront

quarta-feira, 1 de julho de 2009

O QUE SHAKESPEARE PENSA DE FIGURAS COMO ZÉ SARNEY

Na peça Noite de Reis, é o nada bobo Feste quem observa: “Uns nascem grandes, alguns adquirem a grandeza, e a outros, a grandeza vem ao encontro”. José Sarney se enquadra na terceira categoria, a dos que atingiram a grandeza pela sorte. O ex-chefe do partido político que legitimara a ditadura militar – o fantoche dos generais - por uma fatalidade tornou-se Presidente da República do Brasil. Thomas Hobbes diz, no Leviatã, que há no homem um desejo perpétuo, incessante, de poder que não cessa senão com a morte. Ele estava pensando em Macbeth e Ricardo III, personagens do seu contemporâneo Shakespeare. Sir Ney se enquadra nesses exemplos. A ocupação do cargo supremo da nação por cinco anos, em vez de deixá-lo saciado, aumentou seu apetite. Seu governo foi um completo desastre: acusado de grossa corrupção; levou o país a maior inflação de sua história; suspendeu o pagamento da dívida externa e quebrou o país. Só conseguiu terminar seu desastroso mandato porque a nação precisava desesperadamente se livrar do fantasma dos generais. Finda a tragédia, Sir Ney não se retirou, voltou ao Senado por um outro “feudo”, o do Amapá, entregando o do Maranhão para os filhos, criando uma dinastia. Representante legítimo das Capitanias Hereditárias, malfadada herança colonial portuguesa- criadas pelos lusos para perpetuar a família no poder. Sir Ney cumpriu a risca esse sistema. Há cinqüenta anos controla – salvo um rápido interregno – a rica capitania do Maranhão, “aquela onde nunca falta água”, dizem invejosos todos os nordestinos. No entanto, é o estado com os piores índices sociais do país, rivaliza com outra unidade “feudal”, Alagoas. Aqueles que acham que Sir Ney vai abandonar a presidência do Senado por ser o maestro do maior escândalo da história da República - não estou exagerando - estão enganados. Nada o tirará de lá. A onipotência e a incompetência são a mãe de seus desmandos. Ele está convencido de que é inocente. Esse é seu estado natural. A única coisa que lhe interessa é a proteção do seu clã. Sir Ney é o emblema do atraso, um velho coronel do Brasil antigo bafejado pela sorte. O avanço das idéias políticas e o aprimoramento das instituições republicanas não chegaram até ele, mesmo que a “constituição cidadã” tenha sido promulgada em seu triste governo. Sir Ney deveria ter seguido o correto exemplo de Fernando Henrique, que ao deixar a presidência foi cuidar de sua fundação. Os britânicos dão o título de “Sir” aos seus cidadãos mais respeitáveis. Títulos que quase ninguém usa mais. Zé Sarney não se enquadra nesse perfil. Ele é um “Sir” medieval. Estou usando uma ironia, já que era assim que os servos chamavam os barões na Idade Média. Mesmo assim o título é elogioso, ele não o merece a não ser pela semelhança com o seu patronímico. Se: “A honra anda por um caminho tão estreito, que por ele só passa um, de frente”, como afirma Shakespeare, Sir Ney não passará por esse caminho. O fim de Sir Ney já chegou, é esse aí, o da desmoralização. É o mesmo que prenuncia o tirano Macbeth: “Já vivi o bastante; o caminho; o caminho de minha vida está declinando em direção do outono de folhas amareladas e tudo quanto sirva de escolta à velhice: o respeito, o amor, a obediência, o apreço dos amigos, não devo procurar tê-los. Em troca virão maldições recalcadas, mas profundas homenagens de adulação, murmúrios que o pobre coração quisera reprimir e não se atreve a recusar”. Eis a nossa vingança!

Por Theófilo Silva

quinta-feira, 25 de junho de 2009

CORRUPÇÃO:o câncer da democracia

Os ânimos ainda estão alterados, a respiração ofegante e o descontentamento aparente: mais uma eleição se passou, para o bem ou para o mal. É tão difícil sair inteiro de um processo eleitoral sem se sujar moralmente. É tão difícil votar consciente em meio aos candidatos que nos foram apresentados. É tão difícil não se irritar com os resultados “democraticamente” conquistados. Mas todo este momento é uma ilusão, inclusive o nosso próprio descontentamento. O horário eleitoral foi uma farsa do início ao fim. Os candidatos não apresentaram propostas, pois descobriram uma fórmula: falar o que eleitores querem ouvir é mais “lucrativo” do que falar o que efetivamente será feito. E assim, aos sem trabalho falou-se em empregos. Aos sem saúde falou-se em hospitais. Aos sem escolas falou-se em educação. E por aí vai com a creche, estradas, moradia, segurança, comida, leite, dentaduras etc. Apelar ao psicológico dos carentes é mais seguro do que prometer futuro. Futuro é muito longe, não se pega e se come, não se vê e não se comprova. O candidato tem que ser muito corajoso – e não ter amor pela candidatura – para prometer futuro ao seu eleitor. O dia da eleição, propriamente dito, foi apenas um teatro de nós brasileiros interpretando O Cidadão. Na frente dos locais de votação: “bocas de urna”, “propinas” e “fiscalizações”. Você não poderia publicamente se manifestar no intuito de convencer os outros, mas tudo acontecia silenciosamente e de modo sincronizado independente da sua vontade. Os panfletos sendo entregues, o dinheiro circulando, os fiscais fingindo não ver, os policiais abafando apenas os casos “isolados”. O resultado da eleição nem merece um parágrafo. Foi óbvio e racionalmente previsto. Aquilo que na grande mídia saiu como “zebra”, na grande lógica dos políticos se explica como “uma mão lava a outra”. Mas o que mais me causa estranheza não são os políticos corruptos, mas sim os brasileiros que se dizem honestos. Parecem esquecer um dos maiores princípios da DEMOCRACIA: o governador representa o eleitor, e não o contrário. O político sai do povo, é do povo, e não um deus/diabo que com ele convive. O ser corrupto que lá está, aqui estava e daqui saiu. A corrupção não está lá e sim aqui. Prova disso é que quando perguntamos a alguém se gostaria de ser político, sua primeira resposta é “sim, para ganhar bem”, ou, até mesmo, “para roubar”. Assim, somos coniventes com toda esta corrupção, pois lá no fundo algo diz: deveríamos ser nós, também quero, um dia chego lá. Como mérito, os salários altos dos políticos se tornam alvos de cobiça e inveja do brasileiro. E ele se torna aquele que poderia ser eu, mas que por algum motivo não é. Por isso, não o culpo pelo sucesso ilícito e o deixo fazer o que quer e no máximo socialmente, “da boca pra fora”, condeno-o apenas para não ficar chato. Ainda digo mais. Prova de que compartilhamos a sujeira dos políticos são as nossas costumeiras ações que buscam apenas o individualismo, a vantagem e a posição de destaque custe o que custar. Quando achamos dinheiro dizemos “achado não é roubado”. Quando incomodamos os outros dizemos “os incomodados que se retirem”. E quando sabemos que estamos errados dizemos “política não se discute”. Ficamos felizes com promoções desmerecidas, filas encurtadas e derrotas do time adversário. Em casa, em favor próprio, não condenamos o “jeitinho brasileiro”, mas o fazemos quando o outro é o beneficiado. Deste modo, podemos afirmar que o brasileiro aceita diariamente a corrupção quando ele é favorecido. Se somos capazes de diariamente legislar em favor próprio, pouco se importando com os outros, com os carentes, com os necessitados, com as ONGs, com o planeta etc – se esta é a nossa sociedade – como podemos acreditar que o político será diferente? Pensará diferente? Agirá diferente? A menos que nossos políticos venham de outros planetas. Enquanto vierem de nossa sociedade corrompida, apenas podemos esperar que representem bem esta cultura individualista do Brasil Moderno. Devemos olhar para nós mesmos e reconhecer esta verdade. Somente com esta consciência, optando por uma outra vida sem vantagens e individualismos, é que podemos de fato exigir algo de alguém. Caso contrário, a corrupção continuará a seguir sua histórica trajetória: de nossas casas ao Senado e à Brasília.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

MUDANÇAS CLIMÁTICAS:Uma verdade incoveniente

A ocorrência de fenômenos naturais extremos vem nos dando sinais de que algo
incomum está acontecendo na natureza. Estamos vivenciando uma época de intensas ondas de
calor em todo o mundo, de tempestades, secas e furacões cada vez mais severos, assim como
o aumento de epidemias e a extinção de inúmeras espécies. Esses fenômenos têm sido
apontados como conseqüência da mudança do clima na terra.
No filme “Uma Verdade Inconveniente: o que devemos fazer (e saber) sobre o
aquecimento global” dirigido por Davis Guggenheim e apresentado pelo ambientalista e exvice-
presidente dos Estados Unidos Al Gore, o aquecimento global e suas conseqüências são
retratados de forma realista. De caráter informativo e ao mesmo tempo impactante, o filme é
exibido em forma de um documentário, elaborado a partir das palestras proferidas por Al
Gore o redor do mundo.
Lançando mão de uma eloqüente retórica e de excelentes recursos audiovisuais que
exibem dados científicos e imagens de fenômenos naturais recentes, Al Gore argumenta de
forma convincente que a temperatura da terra está aumentando e que a principal causa desse
aquecimento são as ações do homem. A veracidade com que o tema é tratado é capaz de
remover qualquer dúvida de que as atividades humanas exercem influências na mudança do
clima. Além de nos deixar alarmados com os conseqüentes desastres ambientais a que
estamos sujeitos, ou melhor, que já estamos vivenciando.
O aquecimento global é causado pela intensificação do efeito estufa que, por sua vez, é
conseqüência do excesso da concentração de determinados gases na atmosfera, os chamados
gases de efeito estufa, dentre eles o dióxido de carbono, o metano e o óxido nitroso. A
principal fonte desses gases tem sido atribuída particularmente à queima de combustíveis
fósseis e ao desmatamento.

ONU:aquecimento global ameaça segurança internacional

NOVA YORK, EUA (AFP) — A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou nesta quarta-feira, por consenso, uma resolução que admite, pela primeira vez, que o aquecimento global pode ter implicações na segurança internacional.
O texto, apoiado por 63 Estados, pede aos órgãos competentes da ONU que intensifiquem seus esforços consagrados ao estudo e tratamento do problema da mudança climática, "fundamentalmente suas repercussões sobre a segurança".
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, foi encarregado de preparar um relatório detalhado, para a próxima sessão da Assembleia, em setembro, "sobre as eventuais repercussões da mudança climática na segurança", tendo em conta os pontos de vista dos Estados-membros e das organizações regionais e internacionais relevantes".
A resolução é resultado de uma campanha de um ano promovida por uma coalizão de pequenos Estados insulares em desenvolvimento, para chamar a atenção do mundo sobre as graves ameaças das mudanças climáticas.
"O aquecimento ameaça nossa própria existência", declarou a embaixadora de Nauru, Marlene Moses, que preside a coalizão.
Estas pequenas ilhas são particularmente vulneráveis ao aumento do nível dos oceanos que, segundo especialistas, vai subir um metro ou mais até 2100.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

O NÚMERO DE SUICÍDIO É MAIOR DO QUE SE DIVULGA

Imprensa e suicídio, uma abordagem ética e técnica
Vanessa Canciam (*)
Há pouco mais de um ano, acontecimento ocorrido em Nova York, em plena Times Square, trouxe de volta a discussão ética sobre um polêmico tema presente no dia-a-dia da cobertura jornalística. Ele volta de tempos em tempos. E voltou semana passada no Brasil.
Em 22 de agosto de 2002, Allen Myerson, 47 anos, editor de economia do New York Times, jogou-se do 15º andar do prédio onde trabalhava por volta das 10h. Seu corpo foi resgatado poucos minutos depois no telhado do estacionamento do Times. A conclusão da polícia foi a de que realmente se tratava de suicídio.
No dia seguinte, os jornais americanos tinham abordagens distintas do fato, como é de se esperar de publicações com linhas editoriais diferentes. Muitos leitores e profissionais de imprensa consideraram, por exemplo, que a cobertura do Washington Post havia sido exagerada e sensacionalista, enquanto outros criticaram a postura extremamente reservada do New York Times. Iniciava-se então uma série de debates – nos EUA, em outros países, no Brasil – sobre a importância e a melhor de informar sobre atos suicidas.
Em grande parte das redações, é recomendado aos jornalistas que evitem ao máximo a divulgação de suicídios. A justificativa para esse procedimento se baseia na hipótese de que qualquer notícia sobre o assunto pode vir a ser o estopim de uma série de outros atos semelhantes. Entre as normas editoriais do grupo RBS (Rede Brasil Sul de Comunicações), por exemplo, consta o seguinte tópico: "As notícias sobre suicídios – a não ser em casos excepcionais – não devem ser divulgadas ou destacadas. (É fato comprovado que a divulgação de suicídios estimula a morte de suicidas potenciais)". O manual de Rádio e Televisão do Sistema Globo (principal grupo de mídia do Brasil) também faz referência ao tema: "Em princípio, não se deve divulgar casos ou tentativas de suicídio. Qualquer possibilidade de exceção deve ser cuidadosamente avaliada pela direção de jornalismo da emissora".
Fator humano
A primeira crítica que pode ser feita a essa prática é que não é fato comprovado nem existe consenso entre profissionais de saúde quanto à influência da mídia no estímulo ao suicídio. O psiquiatra Jacob Seldin, ouvido pela jornalista Miriam Abreu para o sítio brasileiro Comunique-se, por exemplo, não acredita na afirmação. "Desde que seja feita de forma ética não vejo problema." Miriam ouviu também o coordenador da área de Psiquiatria do Hospital de Clínicas da Unicamp, Wolgran Alves Vilela. "Acho que histórias que envolvem suicídio devem ser divulgadas sim, desde que não explorem o caso", diz ele. Vilela duvida também de que a divulgação provoque"efeito dominó". "A divulgação tem mais valor positivo do que negativo, já que aguça o interesse de estudiosos e autoridades, que tentam prevenir mais casos de suicídio", diz o psiquiatra.
Psiquiatras e sociólogos norte-americanos, em entrevista ao jornalista Mark Miller, manifestaram opinião diferente. Madelyn Gould, da Universidade de Colúmbia, por exemplo, acredita que qualquer detalhe de um suicídio publicado na imprensa pode provocar outro suicídio. Seguindo essa linha de pensamento, David Philips, sociólogo da Universidade da Califórnia, apresenta dados de pesquisa segundo a qual há um aumento de 2% em casos de suicídio quando uma história semelhante aparece na imprensa.
O psiquiatra, professor e autor dos livros Do suicídio e O que é suicídio, Roosevelt Cassorla, acredita que a influência da mídia pode existir em alguns casos, como acontece com a divulgação de mortes de pessoas famosas. "No caso de pessoas pouco conhecidas a influência é menor, mas há uma tendência mundial a não noticiar esses casos nos jornais, também por respeito à pessoa suicida e a sua família", diz Cassorla. O psiquiatra aponta também que uma notícia pode influenciar apenas pessoas com alguma predisposição ou algum grau de perturbação mental ou emocional.
Não há consenso sobre o assunto. E, ainda que tal consenso existisse, não seria correto utilizá-lo como único parâmetro para guiar a cobertura da imprensa.
Eugênio Bucci, no livro Sobre ética e imprensa, faz uma série de críticas a esse procedimento estritamente teleológico e utilitarista. Estará agindo eticamente um jornalista que deixa de publicar uma informação por considerar que ela provocará conseqüências negativas? Segundo Bucci, "jornalistas não são profetas para prever com eficácia as conseqüências de uma divulgação". E ainda: "O jornalista não age para obter resultados que não sejam o de bem informar o público; ele não tem autorização ética para perseguir outros fins que não esse".
Partindo da premissa de que o jornalista não age para obter resultados que não sejam o de bem informar o público, uma pergunta fica evidente: suicídios preenchem os critérios de noticiabilidade que definem qual informação se caracteriza como uma notícia? Por interesse jornalístico, entende-se que a conjugação de um ou mais elementos como ineditismo, atualidade, universalidade, proximidade, utilidade, intensidade, difusão, interesse público e fator humano.
Divulgação franca
Um suicídio coletivo de radicais religiosos, por exemplo, seria uma notícia, já que preenche alguns dos critérios citados acima. Na mesma situação estão os suicídios cometidos por pessoas conhecidas do público, como políticos, atores, músicos. Como ocultar a causa mortis do ex-presidente Getúlio Vargas, ou do roqueiro Kurt Cobain? E como tratar suicídios de pessoas desconhecidas? Seria correto não divulgar um suicídio ocorrido num local público, como o de Allen Myerson?
À primeira vista, o ato do suicídio parece interessar apenas a quem o pratica e a seus parentes, não havendo motivo que justifique a divulgação – pode parecer invasão de privacidade, apenas com o objetivo de promover espetáculo sensacionalista que dê conta da curiosidade perversa do público. Entretanto, até que ponto o suicídio de qualquer pessoa deve ser entendido como algo estritamente pessoal que não seria de interesse das outras pessoas de uma sociedade?
Várias perspectivas que enfocam o assunto consideram o suicídio como um fenômeno social, e não individual, o que justificaria sua divulgação. Kalina e Kovadloff, no livro As cerimônias da destruição, afirmam que "a psiquiatria até o momento encarou o suicídio como um fenômeno individual. Entretanto, as intensas pressões que as condutas coletivas ou os fatos sociais exercem sobre nossa vida privada e profissional permitem demonstrar, sem esforço, a insuficiência teórica de vê-lo como uma patologia exclusivamente individual".
Cleto Brasileiro Pontes, no livro Suicídio em Fortaleza, também vê o suicídio como um ato de interesse público: "O ato de se matar não deve ser visto como algo isolado e tampouco como uma patologia psíquica simplesmente, onde o ato se acaba na individualidade do suicida. Acreditamos, pois, que através dele é permitido compreender o grau de satisfação em que vivem os integrantes de uma comunidade. De uma forma mais precisa, poderíamos dizer que este ato serve de parâmetro para determinar a saúde mental de uma população".
Kalina e Kovadloff apontam também que o suicídio deve deixar de ser um tema tabu para que possa ser tratado como um problema de saúde social. "Se é certo que na atualidade a patologia suicida é uma patologia social, então a terapêutica não pode ser senão comunitária. Sua prática ultrapassará o campo do consultório individual para impor como necessários o contato do médico com a família do paciente, as autoridades políticas, educacionais e, de modo geral, com todas as áreas responsáveis e representativas da vida institucional de uma nação. Com sua morte, o suicida não nos diz somente que já não se suportava mais. Também fala de nós. Demonstra por um lado que não podia continuar nos tolerando".
O suicídio, assim como outras manifestações sociais – a loucura, os assassinatos, crimes hediondos – questionam diretamente a própria estrutura social. Sendo assim, é possível afirmar que se trata de um assunto de interesse público na medida em que reflete uma situação social que não deve ficar sob sombras. Na opinião de Cassorla, por exemplo, o ideal nesses casos é acrescentar à notícia uma chamada para a necessidade de procura de alguma ajuda por parte dos eventuais leitores – ou diretamente ou em declaração de algum especialista. Talvez essa seja uma das saídas para se fazer, com responsabilidade, uma divulgação franca e aberta sobre assuntos delicados. Isso porque a história já tem dado provas de que a desinformação só contribui para a criação de mitos que nada tem a ver com a realidade.

SEM SABER

Sem saber, pedi tanto a Deus para perceber as coisas, pra perceber apenas não, principalmente para entender.Pois bem o tempo foi passando, passando e eis que hoje eu entendo algumas coisas, mas não estou tão feliz quanto eu pensava ficar,diria até que pelo contrário, tirando a vaidade, saber das coisas é um risco,causa uma profunda angústia, você tem mais responsabilidade com você e com os outros, na maioria das vezes não é surpreendido,também não é entendido, fica crítico,vira profeta, enfim um chato. De modos que, se eu pudesse voltar atrás e com isso eu não estivesse ofendendo ninguém, muito menos a Deus, eu queria ser, sem saber.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

DEUS NOS ACUDA

Até quando, ficaremos nos enganando a respeito dos efeitos do aquecimento global?A queda deste avião da air france, com 228 pessoas a bordo, talvez seja um alerta de que a estrutura atual dos avião está ultrapassada para a intensidade dos novos fenômenos decorrentes do aquecimento global .Entendo que as autoridades políticas não podem realmente nos dizer com que velocidade o clima está mudando e quais serão a curto prazo as consequências pra todos nós .A quantidade de nomes que os meteorologistas têm usado para nos explicar novos de fenômenos é simplesmete assustadora. Não sei vocês, mas eu já estou començando ficar com medo. Peço por favor que se alguém possui alguma informação que me tire deste estado de pessimismo com relação ao nosso futuro que escreva neste blog, pois aliviará pelo pelo menos essa pobre alma.

sábado, 23 de maio de 2009

A MALDADE É GENÉTICA?

O comportamento humano é a muito sabido, ser complexo.Todo esse turbilhão de sentimentos , o amor ,o ódio, a amizade, o ciúme , a inveja e por aí vai, são por demais conhecidos e reconhecidos como inerentes ao homem.Mas eis que isto está com os dias contados.Fiquei sabendo através de um artigo que li em uma destas revistas de circulação nacional , que a maldade é transmitida geneticamente,e não só a maldade mas todos os nossos sentimentos.Finalmente segundo este médico, tudo é genético.Porra,quando eu li aquilo, de início tomei um puta choque, por que eu teria herdado todos os meus defeitos e qualidades e não teria muito o que fazer a não ser administrar esta herança.Mas eis que no meio do caos surge a grande sacada, se tudo é genético logo a genética se Encarregará de tudo, e como num passe de mágica,achará a cura para a maldade e as demais mazelas humanas e assim nos livraremos para sempre de tantos fulanos e sicranos indesejados .Indo um pouco mais longe com a imaginação, a partir desta descoberta teríamos então políticos honestos,banqueiros socialistas,empresários visando o bem-estar geral,putas românticas e apresentadores de televisão com conteúdo.Viva a ciência!
Haroldo Matias

PORQUE NO BRASIL NÃO É ASSIM?

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Michael Martin, o presidente do Parlamento britânico, demitiu-se ontem na sequência de vários escândalos envolvendo despesas irregulares realizadas por vários deputados. Esta é primeira vez em 300 anos que um “Speaker” da Casa dos Comuns se demite.Há cerca de duas semanas, o Daily Telegraph começou a publicar um conjunto de noticias sobre várias despesas dos deputados, muitas delas abusivas e relacionadas com despesas de representação e deslocação. As práticas prolongaram-se por anos e Martin, que tem como missão representar e defender todos e cada um dos deputados, acabou por ser a vítima mais fácil e inevitável.Gordon Brown, primeiro-ministro e ele próprio envolvido no escândalo, anunciou que a gestão das despesas dos deputados deixará de ser feita pelos próprios. O caso está a ganhar uma dimensão profunda na sociedade britânica, escreve o Financial Times, segundo o qual, os deputados estão cada vez menos entusiasmados com o seu papel na sociedade. “Detesto estar aqui”, afirmou um deputado citado pelo FT, que realça ainda uma das últimas frases de Michael Martin: “Estou feliz por ir embora”.

AONDE ESTÃO OS CULPADOS?

Escândalo do Mensalão ou "Esquema de compra de votos de parlamentares" é o nome dado à maior crise política sofrida pelo governo brasileiro do presidente Luís Inácio Lula da Silva, (PT) em 2005/2006. O neologismo mensalão, popularizado pelo então deputado federal Roberto Jefferson em entrevista que deu ressonância nacional ao escândalo, é uma variante da palavra "mensalidade" usada para se referir a uma suposta "mesada" paga a deputados para votarem a favor de projetos de interesse do Poder Executivo. Segundo o deputado, o termo já era comum nos bastidores da política entre os parlamentares para designar essa prática ilegal.
A palavra "mensalão" foi então adotada pela mídia para se referir ao caso. A primeira vez que a palavra foi grafada em um veículo de comunicação de grande reputação nacional ocorreu no jornal Folha de S.Paulo, na matéria do dia 6 de junho de 2005. A palavra, tal como ela é, foi utilizada também na mídia internacional sempre acompanhada de uma pseudo-tradução. Em espanhol já foi traduzida como "mensalón" e em inglês como "big monthly allowance" (grande pagamento mensal) e "vote-buying" (compra de votos).
Foi descoberto em julho de 2008, durante uma investigação sobre o banqueiro Daniel Dantas, que o Banco Opportunity foi uma das principais fontes de recursos do mensalão. Através do Banco Opportunity Daniel Dantas era o gestor da Brasil Telecom, controladora da Telemig e da Amazonia Telecom. As investigações apontaram que essas empresas de telefonia injetaram R$ 127 milhões nas contas da DNA Propaganda, administrada por Marcos Valério, o que, segundo a PF, alimentava o Valerioduto, esquema de pagamento ilegal a parlamentares. A Polícia Federal pôde chegar a essa conclusão após a Justiça ter autorizado a quebra de sigilo do computador central do Banco Opportunity.

TUDO POR DINHEIRO

ESCÂNDALOS EVANGÉLICOS, UMA FORMA RENTÁVEL DE GANHAR DINHEIRO Depois de falar o que bem quis no seu programa na emissora Rede Tv, no sábado (09/02/07) a respeito da emissora Rede Globo e dos líderes da Igreja Renascer em Cristo, o pastor Silas Malafaia não deixou por menos e também atacou o ministro das comunicações Hélio Costa chamando-o de tendencioso, de manter ligações suspeitas com a emissora Rede Globo por ter trabalhado muitos anos naquela emissora como jornalista e por ter vetado a concessão de um canal de tv para a Igreja Renascer. Criticou veemente a emissora Rede Globo de perseguição religiosa, ao ministro das comunicações e não defendeu e nem criticou os líderes da Igreja Renascer por causa das inúmeras irregularidades que estão sendo acusados e até presos. Indignado, o ministro Hélio Costa cobrou do pastor satisfações do seu pronunciamento explosivo; na qualidade e dever de político honesto e não tendencioso, o ministro sentiu-se no dever de apresentar inúmeros pedidos de concessão que foram concedidos a várias instituições evangélicas ou não, declarando não exercer qualquer tipo de acepção por qualquer instituição motivo este que não dava o direito de estar sendo acusado. Depois dos esclarecimentos e da advertência, o pastor Silas Malafaia recuou nas suas acusações pedindo desculpas e prometeu retirar todas as acusações desferidas contra o ministro, pedido este feito em seu programa no sábado (24/02/07). Tudo isto apenas serviu para mais uma jogada de marketing de vendas com o intuito de vender mais produtos de sua marca. Leia o que o pastor Silas Malafaia disse:“Também quero aproveitar e dizer que aquele programa que eu fiz (09/02) e com estas desculpas que estou dando (24/02) estarão juntas. Eu não vou repetir o programa; se você quiser saber tudo o que eu falei e mais esta minha palavra de agora, nós fizemos um DVD porque milhares e milhares de gente que não assistiu quer saber. Eu gostaria de dar o dvd, mas eu pago. Se você quiser o dvd sobre QUESTÕES QUE ENVOLVEM: IGREJA RENASCER, MÍDIA E EVANGÉLICOS ele custa R$24,90 e você pode pagar no cartão ou no cheque-pré e aí você vai ter toda a história porque o negócio ferveu mesmo...”. Mas não se preocupem, logo sairá o livro que o apóstolo Estevam Hernandes prometeu escrever sobre os dias de detenção nos Estados Unidos como ele mesmo mencionou. Quem será o campeão de vendas? Hernandes ou Malafaia? CONCLUSÃO O que realmente importa não são os escândalos e sim o quanto se lucra com eles.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

FALTA VONTADE POLÍTICA PARA ACABAR COM A FOME

O director-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) disse esta segunda-feira, em Lisboa, que «falta vontade política» para acabar com o flagelo da fome no mundo, que atinge mais de 860 milhões de pessoas, noticia a agência Lusa.
«Os aumentos dos preços dos cereais são um problema cada vez mais sério, mas já o tínhamos previsto há meses atrás. Todas as estatísticas indicavam que esta crise iria acontecer», disse Jacques Diouf à agência Lusa, em declarações à margem da assinatura, em Lisboa, de um acordo de cooperação entre a FAO e a Associação das Ligas Europeias de Futebol Profissional (EPFL).
Para o responsável máximo da FAO, apesar da actual e preocupante situação ter sido prevista, «infelizmente as pessoas só agem quando a crise já está instalada».
Falta de vontade política
Questionado sobre as possíveis soluções, Diouf falou da «falta de vontade política» para resolver o problema.
«Aumentar a produtividade dos países mais pobres e que importam mais alimentos, ajudar os que dependem das importações, como é o caso de vários países africanos», defendeu.
No entender do secretário-geral da FAO, «a ajuda alimentar continua a ser necessária, nomeadamente para regiões como o Darfur (Sudão) ou para países que sofrem conflitos armados e que não têm dinheiro para comprar alimentos».
Apesar da fome e do recente aumento dos preços dos alimentos, nomeadamente dos cereais, serem um problema global que atinge diversas regiões «desde a América Latina, Ásia e Caraíbas», Diouf chamou a atenção para o que se passa no continente africano, «naturalmente o mais afectado».
«É um problema global que atinge fortemente o continente africano», frisou.

LIXO: VONTADE POLÍTICA

Durante décadas no Brasil o problema dos resíduos sólidos (lixos) eram encarados como parte do saneamento básico: água, esgoto e lixo, seguindo esta mesma ordem de importância. O desenvolvimento da consciência ecológica vem dando destaque aos resíduos sólidos, à sua problemática e às suas conseqüências desastrosas para o meio ambiente.
As autoridades brasileiras ainda tratam o lixo como o último tópico do saneamento básico, apesar do crescimento em todo o país dos lixões que abrigam milhares de trabalhadores em condições sub-humanas, além de propiciarem a contaminação do solo e das águas.
Soluções simples para o tratamento do lixo nos grandes e pequenos centros urbanos brasileiros já provaram ser eficientes. Temos, portanto, que encarar como um problema que necessita de resolução a partirmos para uma solução.
Os passos que levam a solução parcial do problema são:· Acondicionamento do resíduo sólido (lixo);· Transporte do resíduo sólido (lixo);· Coleta seletiva;· Reciclagem;· Armazenamento do resíduo final;· Outros.
Os primeiros passos são o acondicionamento e o transporte do lixo, com o estabelecimento de medidas legais que permitam a organização do sistema de limpeza dando início a um melhor funcionamento de todo o sistema de higienização das ruas e do meio ambiente. Dentro das residências, estabelecimentos comerciais, hospitalares e indústrias deverão ser feitos os acondicionamentos necessários, pois reduzem as possibilidades de contaminação até o seu destino final. O transporte constitui fase importante e requer boa parte dos recursos financeiros disponíveis, sendo aconselhável fazer a coleta em dias alternados para baixar os custos.
A coleta seletiva é a coleta consciente e fundamental para o melhor aproveitamento do lixo e produz diversas alternativas como a coleta em locais determinados de resíduos específicos destinados a reciclagem; a coleta distinta para os diferentes resíduos domésticos e um amplo incentivo às indústrias de reciclagem, responsáveis pela conta de seu produto primário entre outras alternativas.
A reciclagem, hoje, enfrenta grandes problemas em sua implantação, devido ao seu alto custo. É chegado o momento de discernir se o custo financeiro é maior do que o custo ambiental e até quando o planeta e a qualidade de vida da população serão prejudicados em benefício de alguns que detém o controle econômico.
A evolução tecnológica atual ainda não propicia um grande aproveitamento do lixo restando sempre um grande resíduo final que precisará ser armazenado até que uma utilidade seja atribuída a ele.
Atualmente no Brasil os lixões, a céu aberto, têm sido o local de armazenamento e se mostram altamente ineficientes, sendo o aterro sanitário a solução provisória mais conveniente. Considerações devem ser feitas aos aterros, devido ao seu grau de periculosidade para o solo e as águas, necessitando de estudos rigorosos do tipo de resíduo a ser aterrado e do local destinado para isso.
Em Brasília, a coleta seletiva ainda não atingiu todo o plano piloto e a reciclagem ainda é um projeto para o futuro. Os lixões estão localizados em áreas abandonadas pelo sistema de limpeza urbana, propiciando focos de doenças e o trabalho sub-humano. O projeto é pouco ousado e não tem se mostrado eficiente.
O problema é constrangedor e precisa de mobilização da comunidade e das autoridades para agilizar o processo de resgate da qualidade de vida do homem e de seu meio. Campanhas que orientam a comunidade, debates nas escolas, fiscalização dos lixões, construções de aterros sanitários, implantação da coleta seletiva em todo o Distrito Federal, são algumas das primeiras atitudes que deveriam ser tomadas pelas autoridades, além do incentivo aos grupos ambientais locais que poderiam ajudar na tarefa de fiscalização e divulgação para a sociedade das campanhas desenvolvidas. Se a comunidade e as autoridades locais trabalharem juntas poderão aumentar o padrão de vida da população.
O artigo acima é parte integrante da revista Meio Ambiente no. 1www.revistameioambiente.com.br

quarta-feira, 20 de maio de 2009

APOCALIPSE NÃO!

Estamos a um passo do fim.Esta frase pode parecer apocalíptica,mas é a pura verdade porém, só vamos acreditar quando William Bonner oficializar a notícia pelo menos tem sido assim nos últimos dez anos.Precisamos acordar e fazermos a nossa parte e a primeira coisa a fazer é tomar consciência e em paralelo fazermos nossa parte e cobrarmos dos governo que façam a sua.Segue algumas sugestões para minimizar o aquecimento global:

*Diminuir o uso de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, querosene) e aumentar o uso de biocombustíveis (exemplo: biodíesel) e etanol.

*Os automóveis devem ser regulados constantemente para evitar a queima de combustíveis de forma desregulada. O uso obrigatório de catalisador em escapamentos de automóveis, motos e caminhões.

*Instalação de sistemas de controle de emissão de gases poluentes nas indústrias.

*Ampliar a geração de energia através de fontes limpas e renováveis: hidrelétrica, eólica, solar, nuclear e maremotriz. Evitar ao máximo a geração de energia através de termoelétricas, que usam combustíveis fósseis.

*Sempre que possível, deixar o carro em casa e usar o sistema de transporte coletivo (ônibus, metrô, trens) ou bicicleta.

*Colaborar para o sistema de coleta seletiva de lixo e de reciclagem.

*Recuperação do gás metano nos aterros sanitários.

*Usar ao máximo a iluminação natural dentro dos ambientes domésticos.

*Não praticar desmatamento e queimadas em florestas. Pelo contrário, deve-se efetuar o plantio de mais árvores como forma de diminuir o aquecimento global.

*Uso de técnicas limpas e avançadas na agricultura para evitar a emissão de carbono.

*Construção de prédios com implantação de sistemas que visem economizar energia (uso da energia solar para aquecimento da água e refrigeração).

terça-feira, 19 de maio de 2009

IMPUNIDADE E FALTA DE LEIS CRIARAM PARAÍSO PARA PEDÓFILOS

Crença na impunidade e falta de legislação. Para o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, o senador Magno Malta (PP), esses são os dois fatores que contribuem para que o Brasil seja o País campeão em consumo de pornografia infantil, principalmente através da internet.O senador do Espírito Santo esteve ontem (15) em Cuiabá participando da audiência pública para discutir políticas públicas de proteção a criança e ao adolescente, contra o abuso sexual.Ha cerca de três anos, Malta tem focado sua atuação como parlamentar para erradicar a pedofilia no Brasil. Uma luta que precisa ser assumida por todos os políticos, e, principalmente pela sociedade.“O pedófilo é pior que o narcotraficante. O sujeito que invade o moral, o sociológico de uma criança, eu considero um canalha.O sujeito que invade a vida de um recém nascido para satisfazer o seu prazer, o seu desejo sexual, é um desgraçado, é a escória”, esbravejou o senador.São palavras fortes, mas que mostram a seriedade com que o problema deve ser tratado. De acordo com Malta, o avanço dos sites de relacionamento criou um ótimo ambiente para os pedófilos, sem uma fiscalização.Hoje, devido à atuação de pessoas como o presidente da CPI da Pedofilia, o cerco tem se fechado, mas ainda falta muito, principalmente o apoio das próprias famílias, como lembrou o presidente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT), José Geraldo Riva (PP), deputado estadual que solicitou a audiência pública.“O Brasil é campeão de pedofilia na internet.Só em Cuiabá são dois casos por dia, em todo o estado mais dois ou três. Isso é assustador”, pontuou Riva. Para o deputado estadual, a degeneração de valores e das famílias tem influenciado e muito para que os crimes de abusos aconteçam. “Me assusta a degeneração da família.É lógico que faltam leis, mas também falta a ajuda da sociedade, que precisa agir, que precisa denunciar.Essa audiência é o resultado de um trabalho que começou lá atrás, pela Sala da Mulher da AL, sob o comando de Janete Riva. Foram realizados mais de 70 ações para combater esse e outros problemas que envolvem as crianças e os adolescentes.Temos certeza que isso vai dar um grande impacto na sociedade para que haja uma mudança de postura”, opinou o presidente do legislativo Mato-grossense.Magno Malta citou algumas medidas importantes que estão sendo tomadas no Brasil e outras que podem ser efetuadas. “Estamos criando um tipo penal, uma legislação que realmente puna esses safados.Já temos a pena para o bulinamento, que vai de oito a dez anos de prisão, 16 a 30 anos para o cidadão que abusar de crianças com idade entre 0 e 14 anos e agora estamos tentando fazer com que bens em que crianças foram abusadas sexualmente sejam perdidos e revertidos para um fundo contra a pedofilia, seja ele um motel, um restaurante, um taxi”, contou o senador.Autor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Kaytto Guilherme, o deputado federa Valtenir Pereira (PSB) tenta aprovar um lei que impeça que pessoas que tenham cometido crime de abuso sexual tenha remissão de pena.Fato que aconteceu com o pedreiro Edson Alves Delfino, de 29 anos, que após ter cometido um crime idêntico em Primavera do Leste, foi solto por bom comportamento e acabou fazendo mais uma vítima, o Kaytto.Para o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), não adianta criticar o juiz que colocou em liberdade o pedreiro, pois isso só foi possível graças a atual legislação.“O juiz não tem culpa, ele liberou esse assassino porque a legislação permitia e isso foi aproveitado.Então precisamos rever nossas leis, criar um legislação atual e que puna com rigor criminosos desse tipo. Assim vamos salvar vidas e acabar com a pedofilia”, disse Santos.A deputada federal Thelma de Oliveira (PSDB) comentou que a sociedade precisa reagir, mas que os gestores podem investir em programas que dêem oportunidade para as crianças e não para os pedófilos.“Temos que focar nossas ações também nas crianças. Desenvolve projetos que as deixem sempre ocupadas, produzindo cidadania e não a mercê de aproveitadores criminosos.Em Cuiabá temos o Peti, do Governo Federal e também o Siminina, programas que apresentam resultados incríveis, que servem como exemplo para o País”, frisou.“Fui desmotivado até mesmo pelo ex-presidente do Senado, Garibaldi Alves, que infelizmente não conhecia o que realmente era a pedofilia.Muitas pessoas falavam que isso não acontecia, mas quando eu mostrava as imagens todos ficavam chocados e resolviam entrar nessa luta. Temos que abrir o olho. Tem pedófilo com diploma de médico, rico, pobre, doutor, e até com mandato. Temos que trabalhar juntos.Políticos e sociedade, para enfim acabar com essa desgraça na vida de muitas famílias”, enfatizou Magno Malta.

Fonte:24 Horas News

ALERTA VERMELHO

Não podemos mais esperar.Estamos vivendo a crise moral mais séria de todos os tempos.É preciso que acordemos para isso, ao invés de nos adaptarmos a ela devemos combatê-la com todas as nossas forças.Vamos ensinar aos nossos filhos que o importante não é percorrer o caminho a todo custo, mas sim como se percorre este caminho.Vamos ensinar solidariedade,respeito os mais velhos, honestidade, amizade e tudo aquilo que vai fazê-lo um ser mais humano .Tudo que precisamos é perceber e assumir esta realidade para depois combatê-la.
Fazer deste mundo um lugar melhor para nossos filhos e netos é o nosso dever não adiemos mais.Vamos nos unir contra este inimigo em comum,vamos à luta.

CORRUPÇÃO: O CÂNCER SOCIAL

Há países exportadores e países importadores de corrupção.Necessariamente os países em que há maior freqüência de agentes de corrupção passiva (isto é, que recebem propinas) também são os países em que existe maior frequência de agentes de corrupção ativa (agentes que oferecem e dão propinas). Países com muitas empresas transnacionais têm maior probabilidade de ter agentes corruptores que agentes corruptos. Um país que recebe muitos investimentos internacionais interessados em um mercado ainda simétrico em termos concorrenciais pode ser um país com maior freqüência de agentes que se prestam a serem corrompidos. No entanto, em alguns países, a cultura da corrupção disseminou-se por todos os aspectos da vida pública o que torna mais ou menos impossível realizar e permanecer nos negócios sem dar propinas.

Tipos formais de agentes de corrupção
Os agentes que praticam a corrupção são classificados em dois tipos: os agentes de corrupção ativa (agentes que oferecem e/ou dão dinheiro) e os agentes de corrupção passiva (agentes que pedem e/ou recebem dinheiro).
A corrupção é um crime biunívoco no sentido matemático do termo pelo fato de que para cada corrupto existente no domínio governamental existe um outro corrupto no contra-domínio privado.
Agentes de corrupção passiva (ou “agentes públicos corrompidos”) são governantes ou funcionários públicos que utilizam o poder do Estado para atender às demandas especiais dos agentes corruptores. Governantes são funcionários públicos temporários eleitos democraticamente ou funcionários públicos colocados em cargos de confiança pelos que foram eleitos (em função da legislação).
Agentes de corrupção ativa (ou “agentes privados corruptores” são ou empresários ou gestores de empresas ou gestores de grupos religiosos ou líderes de grupos étnicos ou líderes de grupos de interesse) que buscam aumentar seu poder político e financeiro em relação ao poder político de seus concorrentes do resto da sociedade.
Nem sempre o agente privado é aquele que inicia o acto de corrupção. As leis e normas do serviço público às vezes são usadas pelo agente público para dar início ao ato da corrupção. Por exemplo, o agente público pode não aprovar um pedido de alvará de comércio de um comerciante até que este se disponha a pagar um valor monetário determinado. Consequentemente, dentro da lógica de uma economia de mercado falseada, este conceito pode tornar-se muito mais complexo. Em países especialmente marcados pela corrupção, frequentemente são os próprios detentores de cargos públicos a tomar a iniciativa de se aproximar, directa ou indirectamente, dos agentes económicos, propondo a concessão de contratos, mediante o pagamento de uma “comissão”, em dinheiro ou em espécie. Em tal contexto, a noção de activo ou passivo ficará claramente distorcida. Com efeito, já não se trata apenas de alguém a tentar viciar, pontualmente, as regras do mercado, obtendo para si ou para uma determinada empresa benefícios especiais, face aos concorrentes. Pelo contrário, antes se trata agora de uma acção encetada por figuras detentoras do poder de decisão, que seleccionam e convidam as empresas de acordo com o nível dos pagamentos que intentam extorquir. No primeiro caso, as regras do mercado são violadas. No segundo, o mercado deixa de funcionar, acabando, em situações extremas, por se verificar o desaparecimento de empresas concorrentes. Passa, assim, a existir uma espécie de “sociedade” que engloba um reduzido grupo de empresários e os detentores de cargos públicos. De salientar que corrupção não é um crime sem vítimas. De facto, quando esta se torna endémica, os dinheiros públicos deixam de ser investidos em projectos ou infra-estruturas realmente necessários, susceptíveis de melhorar a qualidade de vida das populações, antes ocorrendo em áreas da economia de interesse marginal. As empresas não beneficiadas perdem, os cidadãos sofrem as consequências de investimentos estéreis e, numa óptica global, a sociedade fica mais pobre.
Este tipo de corrupção pode conduzir a fortes distorções do mercado, violando, pelos seus efeitos,as boas práticas de concorrência. Nos países em que a corrupção é mais endémica, práticas como os "Negócios com o Estado à Mobutu", como era denominada no Zaire a relação entre os agentes privados e o poder político, ou, em Portugal, a figura do "Cambão" ( acordo entre empresas e o poder público, que permite a um grupo reduzido de agentes ganhar, rotativamente, os concursos), ou "as Empreitadas à Minhota" (designação conferida em certas localidades transmonanas aos concursos públicos, deferidos em função dos "envelopes" entregues a uma figura do poder local), condicionam fortemente o desenvolvimento económico das regiões.
Em última análise, o fluir da actividade económica não vai ao encontro das reais necessiades das populações, mas sim dos interessses ilícitos dos agentes políticos, em conluio com um reduzido número de empresários - pelas razões óbvias, geralmente no âmbito das obras públicas. Em vez de se fomentar um empreendedorismo criativo e salutar, são antes favorecidas intervenções que trazem um reduzido valor acrescentado ao bem-estar das populações.
Só mediante um efectivo funcionamento das instituições democráticas, de um direito da concorrência implementado de forma rigorosa e, naturalmente, de um controle efectuado por instituições supervisoras, pelos "mass-media" e pela população, em geral, se poderá combater uma tão nefasta prática.
O nome que tem se firmado no mundo ocidental para os crimes desta natureza é “crime de colarinho branco”, em função de seus agentes envergarem, geralmente, os trajes que caracterizam o mundo dos negócios ou da política, como terno, gravata e camisa com colarinho branco.
A corrupção política pode ser grande ou pequena e organizada ou desorganizada. Pode se iniciar nos escritórios de agentes políticos e seus partidos, nos escritórios das grandes ou pequenas empresas, nos escritórios de agências governamentais. Pode também se iniciar até mesmo em reuniões sociais como festas de aniversário, de casamento ou de velhos amigos da escola.

Tipos de crimes de corrupção
Os tipos mais comuns de corrupção são:
Suborno ou Propina
Nepotismo
Extorsão
Tráfico de influência
Utilização de informação governamental privilegiada para fins pessoais ou de pessoas amigas ou parentes
Compra e venda de sentenças judiciárias
Recebimento de presentes ou de serviços de alto valor por autoridades
Presentes de alto valor também são considerados uma forma de suborno. Qualquer presente acima de 200 dólares dado ao Presidente dos Estados Unidos da América é considerado um presente ao Gabinete da Presidência e não ao próprio presidente (ou a membros de sua família). A lei diz que o Presidente pode comprar o presente do Gabinete se quiser levá-lo consigo quando acabar seu período como funcionário público.

Não me preocupa o grito dos maus e sim, o silêncio dos bons.

MISÉRIA EXTREMA NO SERTÃO NORDESTINO

Crianças vítimas de fome e desnutriçãoMá distribuição de renda, pobreza e fome existem em todo o Brasil, inclusive nos centros urbanos. Porém verificamos, a partir de estudos e pesquisas, que no Sertão Nordestino -semi-árido mais populoso do mundo – a situação é agravada pelos grandes períodos de estiagem.Em outras regiões do Brasil existem, ainda que precários, alguns recursos na área da saúde, educação e alimentação, ou mesmo instituições, organizadas pela própria sociedade civil, que promovem o auxílio às comunidades mais carentes. No Sertão Nordestino, o acesso a qualquer recurso é limitado ou quase inexistente, sendo escasso e muitas vezes ineficaz para a grande demanda populacional, já que a área atingida pela seca equivale a três vezes o Estado de São Paulo.A seca é uma tragédia cíclica. No sertão vivem milhares pessoas em casa de taipa ou palha, em condições precárias de subsistência, dependentes da agricultura e que, portanto, precisam de sementes, terra e chuva, o que raramente ocorre.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES

publicada no Informativo n° 26 - julho / agosto de 1999Texto de Marcelo Szpilman* Fonte: RENCTAS (Rede Nacional contra o Tráfico de Animais Silvestres)
Desde o seu descobrimento, o Brasil despertou a cobiça mundial sobre a sua fauna e flora. A rica e preciosa biodiversidade nacional sempre esteve na mira daqueles que aqui aportaram. Até hoje o país é representado pelo panteão que exalta o verde de suas matas e pelo hino que informa que "nossos bosques têm mais vida e nossos campos têm mais flores". A cada ano porém, os dados apontam um destino menos romântico para os nossos símbolos patrióticos. As matas já não são tantas e o verde está cada vez mais silencioso.O processo de desenvolvimento cultural da população brasileira foi singular, possibilitando o encontro de povos conquistadores e povos que mantiam um relação íntima com a natureza e o meio ambiente. Hoje, percebem-se traços dessa miscigenação ao observarmos nos grandes centros, ou nos rincões do nosso território, a presença de vários animais silvestres convivendo com o ser humano, numa relação de domínio e admiração.
Aquele olhar estrangeiro de cobiça se perpetua até hoje. Todavia, ele carrega mais do que a simples curiosidade, traduz a certeza de que possuímos a maior reserva de biodiversidade do planeta e que nela estão contidas muitas respostas que ainda não chegaram ao conhecimento humano. Segundo dados do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), cerca de cem espécies desaparecem todos os dias da face do planeta e o comércio ilegal de animais silvestres surge como uma das principais causas dessa tragédia. Em menos de 500 anos o Brasil já perdeu cerca de 94% da sua cobertura original de Mata Atlântica, um dos principais ecossistemas do país. São cada vez mais constantes as incursões nas matas tropicais em busca de animais para fomentar o tráfico nacional e internacional.
Manter animais silvestres em cativeiro continua sendo um hábito cultural da população brasileira. Sejam os abastados, que exibem seus animais como troféus à sua vaidade, os miseráveis, que se embrenham na mata em busca de animais que, vendidos, ajudarão a diminuir sua fome, ou ainda os cientistas estrangeiros que buscam na fauna e na flora brasileira uma possibilidade de seus laboratórios faturarem alto com a fabricação de novos medicamentos. A conclusão a que chegamos é que: ALGO PRECISA SER FEITO IMEDIATAMENTE PARA CONTER O TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES BRASILEIROS.
Os Números do Tráfico
O tráfico de animais silvestres é o terceiro maior comércio ilegal do mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e de armas, que, segundo os especialistas, hoje se misturam tanto que são encarados como único. Movimenta aproximadamente US$ 10 bilhões por ano e o Brasil participa desse mercado com cerca de US$ 1 bilhão ao ano. Por se tratar de uma atividade ilegal e por não existir uma agência centralizadora das ações contra o tráfico no país os dados reais sobre esse comércio ilegal são difíceis de serem calculados. Fontes governamentais estimam que o tráfico de animais silvestres no país seja o responsável pelo desaparecimento de aproximadamente 12 milhões de espécimes. Em cada dez animais traficados, apenas um chega ao seu destino final e nove acabam morrendo no momento da captura ou durante o transporte. Todos os animais traficados sofrem no esquema montado pelos traficantes, que inclui, no caso das aves, práticas como furar os olhos, para não enxergarem a luz do sol e não cantarem, evitando chamar a atenção da fiscalização, e até anestesiá-los para que pareçam dóceis e mansos.
O Brasil além de ter sua biodiversidade ameaçada, perde anualmente uma quantia incalculável e irrecuperável com o tráfico de animais silvestres. Só o mercado mundial de hipertensivos movimenta anualmente cerca de US$ 500 milhões, e o princípio ativo de seus medicamentos é retirado de algumas serpentes brasileiras, como a jararaca (Bothrops jararaca). No entanto, o maior fornecedor mundial de peçonhas ofídicas é a Suíça, que, originalmente, não possui uma única jararaca em seu território. A cotação internacional das peçonhas ofídicas é altíssima: um grama de peçonha de jararaca vale US$ 600,00 e o da cascavel (gênero Crotalus) US$ 1.200,00.
O mercado interno de animais comercializados ilegalmente movimenta muito pouco se comparado ao mercado externo. Os valores alcançados internamente dificilmente ultrapassam a casa dos US$ 200,00, enquanto que no mercado internacional esses mesmos animais atingem facilmente valores na casa de dezenas de milhares de dólares. O Mico-leão (Leontopithecus chrysomelas) é vendido internamente por US$ 180,00 e na Europa é facilmente comercializado por US$ 15.000,00. O pássaro Melro (Gnorimopsar chopi) é encontrado nas feiras livres do Sul do País por US$ 150,00 e nos Estados Unidos por US$ 13.000,00. Recentemente, foi descoberto em sapos amazônicos uma substância 247 vezes mais potente do que a morfina, algo que pode mudar todas as formas de tratamento com anestésicos no mundo. E o Brasil, com isso, ganhará provavelmente apenas mais um nome para colocar em sua lista de espécies ameaçadas de extinção. As Principais Rotas
O tráfico interno é desorganizado e feito principalmente por caminhoneiros e motoristas de ônibus, de empresas que fazem vista grossa para a atividade. Já o comércio internacional é sofisticado, incluindo esquemas, subornos e condescendência de funcionários de empresas aéreas. A maioria dos animais silvestres brasileiros comercializados ilegalmente provem das regiões Norte e Nordeste do País. De lá são escoados para a região Sul e Sudeste, utilizando-se as rodovias federais. Os principais pontos de destino desses animais são os Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, onde são vendidos em feiras livres ou exportados através dos principais portos ou aeroportos dessas regiões. Nos estados nordestinos é comum a presença de pessoas pobres nas margens das rodovias comercializando esses animais, como forma de garantir seu sustento. São pessoas aliciadas pelos grandes traficantes, que exploram sua miséria e oferecem alguns trocados para fazerem a captura dos animais nas matas. O destino internacional desses animais são a Europa, Ásia e América do Norte, onde chegam para engordar coleções particulares, para serem vendidos em Pet Shop´s ou comporem o plantel de zoológicos, universidades, centros de pesquisa e multinacionais da indústria química e farmacêutica. Também é grande o número de animais silvestres exportados pelas fronteiras com os países vizinhos, como Uruguai, Paraguai e Argentina, onde esses animais recebem documentação falsa para seguirem seu caminho.
RENCTAS - Rede nacional contra o Tráfico de Animais Silvestres
A RENCTAS é um projeto desenvolvido em parceria com o IBAMA, que interliga diversas organizações nacionais e internacionais através da internet, e tem como objetivo unificar as ações da sociedade civil organizada no sentido de contribuir com os órgãos de fiscalização e inteligência nacionais e internacionais para difundir informações e articular campanhas e atividades contra o tráfico de animais silvestres em Território Brasileiro. Qualquer pessoa ou instituição pode fazer parte da RENCTAS. Basta preencher e enviar a ficha de inscrição. Ao se cadastrar, todos receberão o material informativo e de divulgação da rede.
Visite seu site - http://www.renctas.org.br
Seja um Membro da RENCTAS Participe e ajude o Brasil a preservar sua fauna.
Os Riscos para a População
Vez ou outra, a população mundial se vê alarmada com as notícias de que mais uma peste, até então desconhecida, está matando milhares de pessoas em vários pontos do planeta. Recentemente, foi o vírus Ebola, que provocou grandes perdas ao Zaire. Mas o ataque desses vírus não é privilégio apenas de países pobres e subdesenvolvidos. Grandes nações já padeceram com novas e inexplicáveis moléstias, como a Alemanha (vírus Marburg) e os EUA (doença dos legionários e recentemente surpreendido com a presença do vírus Ebola perto de Washington).As florestas tropicais são um grande reservatório de microorganismos desconhecidos, que podem provocar sérios problemas de saúde pública, como aconteceu no Brasil durante a construção da estrada Transamazônica, onde morreram centenas de operários, vítimas de febres hemorrágicas desconhecidas. Recentemente, no Estado de São Paulo, mais precisamente na região de Cotia, faleceram seis membros de uma mesma família, vítimas do ataque de um vírus desconhecido, que recebeu o nome de Sabiá, e que hoje encontra-se em fase de pesquisa pelo Centro de Controle de Doenças, em Atlanta, EUA, um dos poucos laboratórios no mundo capacitados para lidar com os vírus de nível 4, de altíssimo risco de contaminação e transmissão
A principal fonte de contágio de seres humanos por esses vírus se dá por meio do contato com animais silvestres, que através das suas fezes e urina os transmitem. Alguns desses animais podem tornar-se agressivos e por meio de mordedura, transmitirem também doenças conhecidas, porém não menos letais ou perigosas, como a raiva, a leschimaniose, e diversas outras.
Esclarecendo suas Dúvidas1) Qual a diferença entre um animal silvestre, um animal exótico e um animal doméstico? I - Animal Silvestre: são todos aqueles animais pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham a sua vida ou parte dela ocorrendo naturalmente dentro dos limites do Território Brasileiro e suas águas juridicionais. II - Animal Silvestre Exótico: são todos aqueles animais cuja a distribuição geográfica não inclui o Território Brasileiro. As espécies ou subespécies introduzidas pelo homem, inclusive domésticas em estado selvagem também são consideradas exóticas. Outras espécies consideradas exóticas são aquelas que tenham sido introduzidas fora das fronteiras brasileiras e suas águas juridicionais e que tenham entrado em Território Brasileiro. III - Animal Doméstico: são todos aqueles animais que através de processos tradicionais e sistematizados de manejo e melhoramento zootécnico tornaram-se domésticos ou domesticados, possuindo características biológicas e comportamentais em estreita dependência do homem, podendo inclusive apresentar aparências variáveis, diferentes das espécies silvestres que os originou. 2) Manter um animal silvestre em cativeiro é crime? Depende da origem do animal. Se for um animal de origem legal, proveniente de criadouro comercial ou comerciante devidamente registrado no IBAMA, ou se a pessoa recebeu o animal como depósito fiel do IBAMA, Policia Florestal ou por determinação judicial, não é crime. Podemos considerar crime se a origem legal do animal não puder ser comprovada. De qualquer forma, mesmo não sendo comprado de traficante, a manutenção desse animal seria, em outras palavras, conivência com o crime ou com a retirada aleatória de animais da natureza. Existem muitos casos de pessoas que encontram um animal caído de um ninho ou abandonado pelos pais e aí fica difícil provar que não foi comprado ou adquirido de forma ilegal. Esses casos não são raros e cabe avaliá-los. 3) Eu posso legalizar um animal silvestre? Legalizar é uma palavra complicada. Legalizar significa tornar legal aquilo que não é. O problema é que, para legalizar um, tem que legalizar todos e só quem teria poder para isso seria uma nova lei. Quem poderia legalizar seria o IBAMA, por exemplo, mas isso demandaria muitos recursos financeiros e humanos. Pessoas que possuem um papagaio desde antes de entrar em vigor a lei de fauna ( 5.197/67), se tiver como provar documentalmente, até seria possível. Às vezes o IBAMA pode conceder o termo de fiel depositário, mas envolve análise de caso a caso e é complicado. 4) Como possuir um animal silvestre legalmente? Adquirindo o animal de origem legal. Ou seja, proveniente de criadouros comerciais devidamente legalizados. 5) O que fazer quando encontrar alguém vendendo um animal silvestre? Primeiro, não comprar. Depois, denunciar às autoridades. Se for na feira livre ou depósito de tráfico, denunciar e fornecer o maior número de informações possíveis. Local, data, hora, circunstância, etc. Se for na beira da estrada, não comprar e repreender o vendedor dizendo que isso é ilegal e que se ele for flagrado pode, além de perder o animal, sofrer as sanções legais. 6) Qual o risco de manter um animal silvestre em cativeiro? Todo animal, independente de ser silvestre ou doméstico, pode ser portador de doenças transmissíveis ao homem, como salmonelose, psitacose, toxicoplasmose e outras. O ideal é que um veterinário possa esclarecer essas doenças e suas vias de transmissão e contágio. 7) Quais animais da nossa fauna podem ser vendidos legalmente? Existe algum tipo de restrição caso o animal esteja ameaçado de extinção? Teoricamente todos os animais de uso freqüente como produtores de bens de consumo (carne, couro, pelos, pele e plumas) ou como ornamento, adorno ou mascote poderiam ser vendidos legalmente, desde que autorizado pelo órgão supervisor, nesse caso o IBAMA. Como seria essa autorização? Através de sua origem legal comprovada, ou seja, de criadouros comerciais devidamente regulamentados e registrados. Exemplos: papagaios, araras, canários-da-terra, bicudos, curiós, jandaias, jabutis, emas, capivaras, catetos, queixadas, tartarugas, jacarés e borboleta. Porém, existem animais que estão em estado crítico na natureza e, por isso, relacionados na lista oficial do IBAMA como ameaçados de extinção e a sua comercialização somente seria possível se houvesse estoques consideráveis em cativeiro, que pudessem auto-sustentar o plantel a partir de varias gerações, ou seja, que fossem animais F2 (filhos de animais já comprovadamente nascidos em cativeiro). Nunca se autorizaria a retirada de matrizes e reprodutores para formar um plantel. Usaria-se os já existentes e de conhecimento do IBAMA. Esses animais seriam vendidos somente para o mercado interno. Para o exterior, se, além de integrar a lista da fauna ameaçada do Brasil, forem animais do Anexo I da CITES (lista mundial de fauna ameaçada) somente poderiam ser vendidos se o criadouro fosse registrado junto ao IBAMA (no caso do Brasil) e, concomitantemente, junto ao Secretariado da CITES, em Genebra, Suíça. 8) Os animais brasileiros podem ser vendidos no exterior? Desde que cumpridas as exigências do IBAMA e da CITES, poderiam ser vendidos sem problema. A saída do país demandaria a expedição de licenças de exportação pelo IBAMA. 9) Que critérios o governo brasileiro usa para controlar o envio de animais ao exterior? Quando para fins comerciais, devem ser provenientes de criadouros comerciais devidamente registrados junto ao IBAMA, ou junto ao Secretariado da CITES. Quando para fins científicos, de pesquisa ou conservacionistas devem ser provenientes de cativeiros que sejam de conhecimento e registro junto do IBAMA (zoológicos, criadouros científicos ou conservacionistas) ou coletados na natureza, desde que amparados por licença de captura do IBAMA, mediante projeto de pesquisa que justifique tal captura. Toda a saída deve ser justificada, documentada e acompanhada de licença expedida pelo IBAMA. Em alguns casos, como os animais vivos de espécies ameaçadas de extinção, o IBAMA solicita do importador estrangeiro a assinatura de um acordo de manejo, onde, entre outras exigências, os animais continuam pertencendo ao Governo Brasileiro, assim como seus descendentes. O acordo é assinado pela instituição brasileira que está exportando os animais, pela estrangeira que está importando e pelo próprio IBAMA. 10) Quantos criadores comerciais autorizados pelo Ibama existem no país? Temos 278 criadouros comerciais registrados junto ao IBAMA.
11) Se eu encontrar uma animal sendo vendido no exterior, como faço para saber se aquele animal não é produto de tráfico? Afinal, ser for, eu gostaria de denunciar para às autoridades. Verificar com quem está vendendo, expondo ou transportando, os documentos legais de compra/venda ou documentos que autorizam o transporte/importação do animal. Em caso de dúvida, consultar a autoridade administrativa da CITES do país. 12) Quantas empresas de exportação de animais existem no Brasil? Tem registro junto ao IBAMA, como exportador de fauna, produtos e subprodutos, 41 pessoas jurídicas. 13) Quando nossos animais são encontrados no exterior o IBAMA pode trazê-los de volta? É possível se comprovada a saída ilegal do Brasil e a entrada ilegal no País. Porém, a repatriação é um processo demorado e que depende, quase que exclusivamente, da boa vontade dos governos signatários da CITES e das embaixadas brasileiras nesses países.
14) O Ibama tem alguma estatística de quantos animais saem legalmente e ilegalmente do país? Legalmente temos, porém ainda não está disponível. Encontra-se em desenvolvimento junto à Coordenadoria de Fauna e Flora Silvestre - DIFAS, do IBAMA, a análise estatística e a criação de um Banco de Dados sobre o tema. Quanto à saída ilegal, a DIFAS não dispõe de dados estatísticos.
RENCTAS - Rede nacional contra o Tráfico de Animais Silvestres
Você pode contribuir para diminuir o tráfico de animais silvestres no País denunciando os atos criminosos contra a nossa fauna. Se você presenciar o comércio ilegal, souber o endereço de traficantes de animais silvestres ou dos locais onde eles são guardados e também de atos de omissão de autoridades, DENUNCIE. Sua denúncia será encaminhada aos órgãos responsáveis. E você não é obrigado a se identificar, mas se quiser, seus dados permanecerão sob sigilo.
Faça sua denúncia no site - http://www.renctas.org.br
Participe e ajude o Brasil a preservar sua fauna. DENUNCIE!Declaração Universal dos Direitos dos Animais
Art.1o - Todos os animais nascem iguais diante da vida e tem o mesmo direito à existência. Art.2o - Cada animal tem direito ao respeito. O homem, enquanto espécie animal, não pode atribuir-se o direito de exterminar outros animais ou explorá-los, violando este direito. Ele tem o dever de colocar sua consciência a serviço de outros animais. Cada animal tem o direito à consideração, à cura e à proteção do homem. Art.3o - Nenhum animal será submetido a maus tratos e atos cruéis. Se a morte de um animal é necessária, deve ser instantânea, sem dor nem angústia. Art.4o - Cada animal que pertence a uma espécie selvagem, tem o direito de viver no seu ambiente natural terrestre, aéreo ou aquático e tem o direito de reproduzir-se. A privação da liberdade, ainda que para fins educativos, é contrária a esse direito. Art.5o - Cada animal pertencente a uma espécie que vive habitualmente no ambiente do homem, tem o direito de viver e crescer segundo o ritmo e as condições de vida e de liberdade que são próprias de sua espécie. Toda modificação imposta pelo homem para fins mercantis é contrária a esse direito. Art.6o - Cada animal que o homem escolher para companheiro, tem direito a um período de vida conforme sua longevidade natural. O abandono de um animal é um ato cruel e degradante. Art.7o - Cada animal que trabalha tem direito a uma razoável limitação de tempo e intensidade de trabalho e a uma alimentação adequada e ao repouso. Art.8o - A experimentação animal que implique sofrimento físico é incompatível com os direitos dos animais, quer sejam uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer outra. As técnicas substitutivas devem ser utilizadas e desenvolvidas. Art.9o - No caso de o animal ser criado para servir de alimentação, deve ser nutrido, alojado, transportado e morto, sem que para ele resulte em ansiedade e dor. Art.10o - Nenhum animal deve ser usado para divertimento do homem. A exibição dos animais e os espetáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal. Art.11o - O ato que leva à morte de um animal sem necessidade é um biocídio, ou seja, delito contra a vida. Art.12o - Cada ato que leva à morte um grande número de animais selvagens é um genocídio, ou seja, delito contra a espécie. Art.13o - O animal morto deve ser tratado com respeito. As cenas de violência em que os animais são vítimas devem ser proibidas no cinema e na televisão, a menos que tenham como foco mostrar um atentado aos direitos dos animais. Art.14o - As associações de proteção e de salvaguarda dos animais devem ser representadas em nível de governo. Os direitos dos animais devem ser defendidos por leis, como os direitos humanos.Evite a Crueldade e os Maus Tratos
Fonte: Suipa (Sociedade União Internacional de Proteção dos Animais) - http://www.suipa.org.br
Cães - Amputar orelhas e rabos por motivos estéticos causa sofrimento e é desnecessário. Na Suiça, isto já é proibido por lei oficial. No Brasil, alguns simpósios veterinários já estão propondo sua proibição. Cruzamentos experimentais, na tentativa de desenvolver novas raças, têm causado o nascimento de indivíduos com sérios problemas genéticos. Maus donos obrigam seus cães a viverem em lugares pequenos demais para as necessidades de seus músculos, presos a correntes curtas ou desabrigados do frio, calor excessivo, vento e chuva. Pássaros - Gaiolas pequenas causam atrofia do sistema muscular das aves e dores. Para que tenham pelo menos espaço para bater suas asas, estuda-se uma lei que determine o tamanho mínimo da gaiola. Maus vendedores, em esquinas de ruas movimentadas, cegam, intoxicam com bebidas alcoólicas, cortam tendões musculares debaixo das asas ou enfiam bolinhas de chumbo no ânus dos pássaros para que pareçam mansos. Papagaios ficam imobilizados durante a vida inteira em poleiros com apenas dois palmos de comprimento. Rinhas de canários - Dois machos são estimulados a disputar uma fêmea até a morte, mas o vencedor não fica com ela. É preparado para na próxima luta proporcionar novos lucros aos apostadores. Rinhas de galos - Equipados com afiadas lâminas de metal, na altura das esporas, eles se vêem forçados a lutar até a morte, ou quase, para satisfazer os apostadores. Tiro ao pombo - As aves não têm chances de sobreviver. Para se tornarem presas mais fáceis para os atiradores, as penas do rabo são arrancadas para que não voem muito longe e são colocadas em local escuro para não enxergarem quando em contato com a luz. Se sobreviverem à primeira revoada, um pegador as apanhará nas proximidades para voarem novamente para a morte. Gatos - Donos que os criam para caçar ratos não lhes dão carne e os alimentam mal na ilusão de que é a fome que os fará caçar. Na verdade, é o contrário: gato bem alimentado caça mais e melhor. Peixes - Comerciantes irresponsáveis causam a morte de milhões de peixes de aquário, desde a captura até serem vendidos aos aquaristas. Maus aquaristas não dão aos seus peixes os cuidados necessários. Macacos - Vendidos em esquinas, infringindo às leis protecionistas, costumam vir com uma coleira de arame na barriga que causa feridas. São freqüentemente criados acorrentados. Rodeios - Cavalos mansos, para parecerem xucros, têm seus órgãos genitais amarrados com sédem, contendo arame fino, alfinetes e outros materiais contundentes que machucam e os fazem corcovear devido às fortes dores.
* Marcelo Szpilman é Biólogo Marinho, Diretor do Instituto Ecológico Aqualung, Editor do Informativo do Instituto e autor dos livros Guia Aqualung de Peixes e Seres Marinhos Perigosos.

COVARDIA:VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇA

Violência contra criança é maior que estatísticas

Uma pesquisa inédita realizada por professores do Departamento de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto mostrou que o número de casos de violência contra crianças é maior do que as estatísticas divulgada pelos órgãos oficiais. O trabalho também mostra que, diferentemente do que muitas pessoas pensam, a violência doméstica atinge todas as classes sociais.
A professora e psicóloga Marina Rezende Bazon pesquisou a violência doméstica contra crianças em escolas públicas e privadas de 25 cidades da região. As entrevistas foram feitas com os professores porque, segundo a pesquisadora, eles conseguem identificar melhor os sinais de maus tratos.
A taxa de violência infantil encontrada na pesquisa foi maior do que a divulgada pelos órgãos oficiais. Em Ribeirão Preto, por exemplo, em média, 5,7% das crianças, de zero a dez anos sofrem maus tratos.
A pesquisa revelou que as cidades com taxas mais altas de violência são as possuem menor número de moradores. Na região de Ribeirão Preto, em Santa Cruz da Esperança, 10% das crianças entre zero e dez anos são vítimas de violência doméstica. Já em Santo Antônio da Alegria, o índice é de 9% e, em Dumond, de 7%.
Os dados mostram também que em Ribeirão Preto 8% das crianças de zero a seis anos sofrem mais com a negligência. Já 3,9% das crianças na faixa entre sete e dez anos são vítimas de agressões físicas. Segundo a psicóloga, a violência infantil é registrada em todas as classes sociais, com a mesma probabilidade.
Marina Rezende Bazon compara a gravidade dos números revelados na pesquisa com o índice de Aids no Brasil. “A taxa de casos Aids no Brasil chega a 0,65%. E só em Ribeirão Preto, a taxa de violência infantil é de 5,7%”, analisa.
Os números mostrados na pesquisa são comprovados nos abrigos da cidade. No Centro de Apoio a Criança Vitimizada de Ribeirão Preto (Cacav), que atualmente abriga 55 crianças vítimas de violência doméstica, a capacidade é para 50 crianças e adolescentes entre dois e 18 anos. A casa recebe, em média, dez novos casos por mês. De todos as crianças atendidas neste ano, em 57% dos casos, o motivo era a negligência dos pais.
A coordenadora técnica do Cacav, Marilda Cardoso de Almeida Iara, diz que a função do abrigo é fazer com que os pais se cheguem a um entendimento com os filhos. “Nós tentamos resgatar esse vínculo, ou seja, ensinar pais a atuarem como pais”, explica.
Muitos casos de agressão infantil não são denunciados, diz delegada
Cerca de 40% de todas as ocorrências registradas por mês nas delegacias do Estado do Rio de Janeiro são de agressão infantil. Dados do Disque-Denúncia revelam que o maior número de casos é registrado na Baixada Fluminense. Apesar de alto, esse número está longe de ser a realidade. De acordo com a delegada Renata Teixeira Dias, responsável pela Delegacia de Proteção a Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência (Decav), muitos casos não são denunciados:
- Essas pessoas procuram manter o fato dentro de casa, fora da delegacia. A gente não toma nem conhecimento de muitos.
Ainda segundo a delegada, apenas 1% das denúncias são feitas pelas vítimas. Para ela, o motivo seria o medo de sofrer algum tipo de repreensão. Como ela não não entende que está sendo abusada, acha aceitável
- Na maioria dos casos são os pais ou os companheiros dos pais os principais agressores das crianças.
Pena pequena para crime grave
A delegada também chamou atenção para a punição prevista para quem é acusado de violência infantil. No caso de maus tratos a pena varia de dois meses a um ano. Se a agressão resultar em lesão corporal de natureza grave, a pessoa pode pegar de 1 a 4 anos. Já no caso de morte, o agressor pode ser condenado de 4 a 12 anos.
- A punição é até leve, infelizmente – lamentou a delegada.
Fonte: Jornal A Cidade e O Globo